02/03/2016
Analisando o livro Mulheres Cheias de Graça
Por Clélia Paes

Acompanho o trabalho do Pe. Fábio de Melo, há alguns anos, como sacerdote, cantor e escritor e aprecio bastante, motivo pelo qual, resolvi escrever.

No Natal ganhei o livro “Mulheres cheias de Graça”, de sua autoria. (Ediouro).

Gostaria de deixar registrado a minha estranheza em suas colocações, muito embora, nunca esquecendo o direito livre do autor.

Entendendo que Fábio é um formador de opiniões, e por isso o que escreve tem um “peso” maior para os seus leitores.

No texto “A compulsiva” ele coloca a profissão do Psicanalista sob um olhar errôneo.

Sou Linguista, Pedagoga, Psicopedagoga e Psicanalista e sei da seriedade e muitas vezes da dificuldade das pessoas entenderem o que faz um Psicanalista.

 

– “O bom é que o doutor Viana me conta tudo o que faz lá no exterior. Horário não nos falta. Faço terapia duas vezes por semana. Ele me fala de algumas promoções em que só acredito porque ele me mostra todas as aquisições com as respectivas etiquetas…..”

 

Quem fala é o Analisando, o Psicanalista “escuta” e através da livre associação, tenta traduzir e ajudar o seu analisando.

No “setting” não há espaço para mostrar compras realizadas, etc…

Seria mais ou menos, guardadas as devidas proporções, em um romance ou crônica, mencionar que estava no confessionário com o Pároco e ele me propôs jogar um pôquer e beber uma cerveja. Percebe, se sou uma formadora de opiniões como ele é e respeitada, fica no mínimo estranho, porque se já há dificuldade de saber o que faz um Psicanalista, imagine, então depois de ler o que o Fábio escreveu.

OK, na crônica, você pode “tudo”, mas acho que não é essa a intenção.

 

Clélia Paes