Quinto e último capítulo da série: Análise do filme VIP’s com base nas teorias de Freud.
“No ponto mais sensível do sistema narcisista, a imortalidade do ego, tão oprimida pela realidade, a segurança é alcançada por meio do refúgio na criança”
Marcelo não consegue diferenciar fantasia e realidade e ao tentar assumir várias identidades, perde o controle da situação, desvencilhando-se de sua própria realidade. Sendo assim, ora ele é Carrera, Denis, Henrique Constantino, etc..
Novamente, na pele de Carrera, vimos se repetir a relação de identificação com o “pai”, o dono do narcotráfico.
Com seu comportamento patológico, mente compulsivamente, perdendo a noção do que é verdade sem perceber a gravidade da situação e perigo, como no voo “kamikase”.
Com tantas personas, na verdade Marcelo procura a sua personalidade, mas nesta busca, ele irá se esconder mais ainda nas máscaras…
Em um dos momentos de grande tensão, ele liga para o pai e diz: agora eu virei um piloto de verdade, igual a você, pai; eu fiz o que você mandou eu fazer.
No final, tem alucinações com o pai no banheiro e no aeroporto Santos Dumont, quando finalmente termina a sua aventura:
– Pai, eu sou seu filho, não sou?
– Não sei, você é o Marcelo?
E aqui acaba a séria com a análise do filme VIP’s, pela psicanalista Clélia Paes.
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