
Quarto capítulo da série: O outro mundo do filme Albert Nobbs.
O ego encontra como única alternativa para a sobrevivência dividir em duas personas, criando uma masculina como um referencial melhor de proteção, uma vez que também há a ausência do arquétipo pai (bastardo) e reprimindo a feminina que passa a viver a própria personificação do medo, totalmente, reprimida pelo disfarce de Albert
Albert tem uma personalidade tão introvertida, capaz de negar ou esquecer o próprio nome, mais uma cena marcante do filme. O fato é que “Albert Nobbs” seja seu aspecto feminino, quanto o masculino são duas pessoas (personas) inacabada, presas numa cilada da mentira que o ego mesmo criou.
A firmeza com que Albert encara o trabalho é abalada pela chegada repentina de Hubert Page um pintor contratado pela Sr.ª Baker a proprietária do hotel. Albert fica chocado por saber que Hubert ficará no seu quarto, enquanto trabalhar no hotel. Na sua primeira noite, Hubert descobre o segredo de Albert, mas promete mantê-lo, para alívio deste.
No dia seguinte, Hubert revela que ela também é uma mulher. Hubert deixa o hotel pouco depois, mas não sem antes revelar que ela tem uma esposa chamada Cathleen, uma costureira.
Esse espírito seguro e empreendedor de Hubert, desperta uma nova libido em Nobbs, de forma inesperada. É uma maneira nova de encarar a vida, agora, através de seus desejos.
Acredito que aqui, de fato, começa uma remota possibilidade de autoerotismo. Uma vez que até este momento fica óbvia a castração total de prazer sexual de Nobbs. A transferência inicial de libido para o Sr. Page, pode ser encarada, como um primeiro passo rumo a sua cura.
Ficou curioso para saber a análise a fundo de um dos filmes internacionais mais profundos e tocantes? Acompanhe aqui nesse espaço toda segunda-feira e quarta-feira um novo capítulo. Quarta-feira 14/10, tem mais. Até lá!
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