18/08/2016
Recorte. Emerenciana. Fragmentos De Um Suspiro!
Por Clélia Paes

Começa hoje a série que mostrará a análise de Clélia Paes sobre o filme “A cor púrpura”, de Alice Walker!

 

Você acompanhará nos próximos capítulos a análise feita por Clélia Paes sobre o “A cor purpura”, de Alice Walker, lançado em 1982.

 

O objeto dessa série é de, baseando-se na histeria silenciosa ou na tentativa deste estudo patológico, identificar as novas significações das manifestações histéricas.

 

Em síntese a história trata de uma mulher que tinha tudo para ser ‘nada’ e se tornou um pilar, com sua força e sensibilidade, após alcançar a cura através de outra mulher que age em sua vida como uma verdadeira psicoterapeuta

 

A narrativa conta a comovente trajetória de uma mulher negra, na racista América do início do século passado.  Emerenciana, uma jovem com apenas 14 anos é violentada pelo pai e se torna mãe de duas crianças. Além de perder a capacidade de engravidar.

 

Emerenciana foi afastada de seus filhos, que foram adotados por um casal, foi também separada da única pessoa que a amava, que era sua irmã e com a morte de sua mãe é “vendida” em casamento à Augusto, que a trata mais como escrava do que como esposa. Essa nova convivência faz dela uma pessoa triste e apática, uma espécie de burro de carga que só conhece o trabalho duro e o espancamento.

 

Ela fica muito solitária e compartilha sua tristeza em cartas (a única forma de manter a mínima sanidade em um mundo onde poucos a ouvem), primeiramente com Deus e depois com a irmã, que após a traumática separação, se tornou missionária na África.

 

Grande parte da brutalidade com o qual seu marido a trata, provém por alimentar uma forte paixão por uma sensual cantora, que foi sua amante e terá grande influência na vida de Emerenciana.

 

Emerenciana viveu um inferno, mas nunca perdeu a doçura e a esperança. Quando entra em sua vida, exatamente, Dalva, a amante de seu marido, uma cantora da noite, que tinha tudo para ser sua inimiga, mas se torna uma amiga e defensora.

 

Enfim, Emerenciana, constrói sua identidade como mulher a partir das suas próprias amargas experiências de vida, passa por todas as desgraças e humilhações a que uma mulher, negra, pobre e quase analfabeta é submetida.

 

  • Começa hoje a série sobre o filme “A Cor Púrpura”. Acompanhe aqui os próximos capítulos!

 

*Clélia Paes tem mais de 25 anos na Área da Educação como Linguista, Pedagoga e Psicopedagoga. Agregou a Psicanalise a seu currículo com responsabilidade, ética e transparência!